sexta-feira, 10 de setembro de 2010

* * * Poema da Fraternidade * * *

A vida é sempre a iluminada escola.
Compadece-te e ajuda no caminho.
Por toda parte, há dor que desconsola
E toda gente aguarda a leve esmola
Do sorriso, da prece, do carinho ...

Nem sempre vês quem chora e necessita.
Há muita treva, muita sede e fome
Escondidas em laços de ouro e fita,
E, em tudo, há muita máscara bonita
Ocultando a miséria que consome.

Quanta cabeça se ergue à luz dourada
Na multidão festiva que fulgura!
E, a sós, pende tristonha e desvairada,
Aturdida no horror da própria estrada,
Chorando de aflição e de amargura! ...

Quanto sonho padece ao desabrigo!
Quanta mágoa contida, vida a fora! ...
Auxilia, do príncipe ao mendigo,
Não atrases o abraço doce e amigo,
Que o companheiro espera, desde agora.

Que a boa luta te não desagrade.
Sê mais amplo no esforço da harmonia ...
Semeia a glória da Fraternidade!
Sem a luz da União e da Amizade,
Não há bençãos da Paz e da Alegria.

Cármem Cinira (espírito)
"Correio Fraterno" - Chico Xavier - Ed.FEB

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